O Museu do Vasa (Vasamuseet) é uma das principais atrações de Estocolmo e esse fato é, pra mim, o que o torna mais interessante. Isso porque o museu é dedicado a contar a história do Vasa, um navio de guerra sueco construído com muito alarde no século XVII, que foi o maior #fail do mundo: ele afundou logo depois de deixar o porto pela primeira vez. Encontrado submerso mais de 300 anos depois, o navio foi içado do porto, restaurado e levado pra Djugarden, a tal ilha dos museus que mencionei aqui. Ou seja: além de ver o impressionante navio ao vivo, o museu nos mostra como a Suécia transformou um grande fracasso – e vergonha nacional na época – em uma interessante atração turística.
O Vasa foi invenção do rei Gustavo Adolfo, que queria construir o navio de guerra mais potente da época. Ele é realmente enorme, com capacidade pra uma tripulação de 400 homens, e chama atenção pelo esmero em que foi decorado com esculturas entalhadas em madeira. A maior parte da população local estava envolvida na construção, direta ou indiretamente, e a vida em Estocolmo girava em torno do Vasa.
Só que parece que o mesmo cuidado com detalhes ao embelezar o navio ficou faltando na hora de projetá-lo, já que em 10 de agosto de 1628 (a partir de 1989 esse dia voltou a ser marcado pelo sucesso porque eu nasci, beijos) ele navegou por uns poucos minutos e puf, um vento forte o fez inclinar e naufragar na frente da população quase toda da cidade. Ele foi encontrado na década de 1950 e muitos anos depois o pessoal conseguiu tirá-lo totalmente da água, submetendo-o a um dos melhores trabalhos de restauração do mundo. E aí pensaram: por que não tirar proveito do vexame e transformá-lo em algo lucrativo? Povo esperto, esses suecos!
Comece sua visita ao museu pela sala em que é exibida um vídeo de 17 minutos contando a história, logo no começo do andar térreo, do lado direito. Depois, você pode explorar as exposições que se espalham nos vários andares, abordando temas como as guerras navais da época, a recuperação do navio, navegação no século XVII, as pessoas que estavam a bordo e as extravagantes esculturas que adornavam o casco. Subindo os andares, dá pra ter uma boa visão do navio sob vários ângulos – mas não é permitido tocá-lo ou entrar nele.
Depois de olhar tudo que lhe interessar, recomendo uma visita ao restaurante do museu :D Normalmente eu não como em museus porque os preços costumam ser altos demais, mas era hora do almoço e eu não consegui resistir à vista maravilhosa e o clima agradável e usei a desculpa de que precisava comer um salmão nórdico em algum momento da viagem mesmo ;) O preço também não foi tão alto (entrada + prato saiu por umas 90 coroas suecas, ou uns 33 reais), então fiquei cheia e feliz! ^^ Além dos menus de almoço, também tem saladas, sanduíches, bolos e os tradicionais e deliciosos bolinhos de canela (Kannelbulle) que me conquistaram <3
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