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Estocolmo: Hostel-barco numa ilhota delícia

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Que tal dormir num barco sem sair da terra firme? Eu falei aqui que Estocolmo é cheia d’água, sendo localizada em cima de 14 ilhas. E é numa delas, Skeppsholmen, que fica o albergue da Hostelling International Chapman Boat and House – que, como o próprio nome indica, tem quartos divididos entre um barco convertido e um prédio normal.

Eu me hospedei lá, por indicação de um dos meus flatmates, depois de muitas horas perdidas procurando um hostel com boas reviews e um preço razoável na capital da Suécia (nunca foi tão difícil encontrar hospedagem decente com preço decente!). Só que quando fiz a reserva só tinha vagas pra o prédio, então a parte do barco ficou só pra o charme da vista… Ainda assim, o lugar é bem interessante ;)

O barco durante o dia :)

O barco durante o dia :)

Antes de fazer minha tradicional lista de prós e contras, algumas observações: não gamei em nenhum dos hostels da Hi em que me hospedei na Europa. Sempre acho que falta personalidade e que a atmosfera é pouco aconchegante, mas ao mesmo tempo sinto a segurança de que o lugar vai ter um nível mínimo de qualidade – e não foi muito diferente nesse caso. Outra coisa: eu não sou exigente em termos de luxo, mas também não curto lugar sujo e perigoso, por exemplo, e com isso não tive problemas. Dito isso, vamos lá:

Pontos positivos:

Se hospedar num barco é algo incomum, então acho que o hostel já ganha pontos por isso. Mas mesmo se você ficar no prédio, dá pra escapulir e ir no barco, que tem entrada livre – recomendo ir à noite, sentar numa das cadeiras do deck e admirar a vista (se não estiver congelante) :D Ele fica a uns 10-15 minutos de uma estação de metrô, mas com disposição dá pra ir andando pra todos os lugares que mencionei no primeiro post sobre Estocolmo. A ilha onde tá o hostel fica entre Gamla Stan e Djugarden (veja o mapa aqui) e abriga o Museu de Arte Moderna e alguns outros museus, rodeados de verde. Quando voltava pra lá à noite eu caminhava pela beira d’água, passava por uma ponte simpática e sempre me impressionava com a vista. Pela manhã, passava por várias pessoas deitadas na grama na frente do hostel <3 Uma delícia, bem tranquilo e bucólico. Pra mim, esse é o ponto mais positivo do hostel.

Minha vista ao chegar "m casa" toda noite <3

Minha vista ao chegar “em casa” toda noite <3

No prédio, fiquei num quarto enorme (o mais barato, que eles chamam de “budget bed in dorm” e tá custando 24,14 euros a diária no momento da publicação deste post). Eram 18 camas e à primeira vista me senti num campo de concentração, mas ele é espaçoso e durante o tempo em que estive lá tava bem silencioso, incrivelmente. A desvantagem que eu vejo é que sempre tinha alguém dormindo, então eu tinha que tomar cuidado com barulho o tempo todo. A opção sem ser “budget” custa 5 euros a mais por noite e tem menos camas. Uma coisa que curti nesse “budget” é que as camas eram de solteiro, e não beliche, porque não curto ficar em cima nem ser incomodada por um desconhecido subindo e descendo hehe. Junto da minha cama tinha o locker, que servia de “mesinha de cabeceira”, além de uma luz de leitura individual e uma tomada (muito importante!). Tinha também uma cadeira pra cada um e uma mesa grande no meio.

O quarto enorme

O quarto enorme

Tinha dois chuveiros (compartilhados) no meu andar (o terceiro e último) e nunca precisei esperar pra usá-los. O chuveiro é daqueles que tem que ficar apertando a cada x segundos pra água continuar saindo e tem ganchos pra pendurar a roupa sem molhar. Os dois banheiros do andar, com privada e pia, também costumavam estar vazios e limpos. Os lençóis e toalhas estão incluídos. A cozinha coletiva é meio pequena e eu acabei não usando, então não posso falar em detalhes sobre ela, mas parecia ser bem equipada.  Tem também lavanderia, dois computadores com uso grátis e um café/bar que eu não “testei”. O staff foi bem simpático e me senti muito segura lá e nas redondezas, mesmo voltando sempre sozinha à noite :)

Pontos negativos:

Achei estranho porque na hora de fazer a reserva o site não diz quantas pessoas vão estar no seu quarto, com exceção dos quartos privativos (pra duas pessoas, que custam 66,23 euros no prédio e 84,20 no barco), então foi uma surpresa encontrar as 18 camas. O locker era muito vulnerável. Mesmo precisando trabalhar um pouco, não levei o computador, porque já tinha lido sobre isso nas reviews. É preciso levar seu próprio cadeado (como em muitos outros lugares), mas mesmo assim o armário é bem fácil de arrombar, então recomendo não deixar nada de valor por lá enquanto não estiver por perto.  Assim como em outros hostels, é preciso forrar e desforrar a própria cama, mas acho isso tranquilo. O chuveiro é meio abafadoEles só têm quartos mistos e no meu tinha gente de todas as idades (incluindo uma galera de mais de 60, superfofos), mas o pessoal tava bem “cada um na sua” (o que tem seu lado positivo e negativo).

O café da manhã é pago e caro, então eu preferi comer fora. Antes de ir embora, deixei minha mochila numa sala onde eles guardam a bagagem de quem já fez check-out, que achei pouco segura porque eles lhe dão a chave da porta da sala e ela fica do lado de fora do prédio, então é bem fácil pegar um monte de coisa e sair correndo hehe. Mas como não deixei nada de valor, fiquei tranquila. Os quartos no barco são mais caros (36,49 euros por noite pelo dormitório compartilhado) e menores, mas se você pode pagar, acho que vale pela experiência ^^

Curtindo o deck do barco à noite ;)

Curtindo o deck do barco à noite ;)

Resumindo:

A estrutura deixa a desejar em alguns aspectos, mas nada grave. Os arredores são muito agradáveis e o staff foi eficiente. Considerando os preços dos outros lugares que pesquisei (e as recorrentes reclamações de hostels com quartos sem janelas!!!), achei um bom custo-benefício. Se for pra lá de novo, provavelmente vou ficar no AP Chapman outra vez. Saudade de começar o dia com essa paisagem:

O caminho pra sair do hostel e ir pra o centro

O caminho pra sair do hostel e ir pra o centro


Arquivo em:Estocolmo, hospedagem

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